Entre as coisas que não quero ser na vida,
‘incompleta’ é uma delas.
[Camila Heloíse]
Eu não queria ser diferente. Mesmo que minha cabeça funcione como uma máquina de lavar, dando voltas sem fim, não queria ser outra pessoa, ser normal. Digo isso porque todo mundo me olha como se eu fosse de outra espécie, como se eu viesse de outro planeta. Todos os dias eu me visto como uma mulher normal e simples. Mas sei que ninguém me vê assim.
Embora todo mundo cobre o tempo inteiro respostas perfeitas da minha boca, vai uma dica que eu espero que não esqueçam: eu não tenho a menor idéia do que fazer! Mesmo que às vezes eu pareça sensata demais, coerente demais, racional demais, concreta demais. Eu sou apaixonada demais, inconseqüente demais, frustrada demais e bem menos esperta do que pareço.
Por isso que às vezes me assusto e vou embora dos lugares. Eu fujo dos amigos, dos amores, dos livros e dos meus textos. Porque ficar me cobra demais, me espero sempre mais, um pouco mais até me esticar tanto que quando os membros voltam pro lugar me arrebento. Já nem consigo lembrar de onde foi que parti.
Então eu vou embora, como se fosse pra sempre. Vou embora em silêncio e sem a menor vontade de ser seguida. Não levo chinelos, não levo recordações. Vou como se não me preocupasse com os serviços ‘pela metade’ que deixei pra trás. Parto como se não me importasse. Parto como se nem tivesse existido.
E é de longe que eu começo a brotar outra vez. É no vazio e na falta de palavras que me dou conselhos, que consigo ser coerente pela primeira vez em ter uma gota de paciência nesta minha mania de atropelar pessoas, coisas, paixões, amizades e transformar qualquer festa em um conflito terrível dentro da minha cabeça máquina-de-lavar.
Depois de preencher os vazios que eu mesma criei, volto devagar, com medo, volto assustada até que a vida me devolva por completo. Volto como agora, com os olhos implorando pra ninguém me exigir nada, porque eu estou chegando ao mundo agora e eu não sei me doar ainda, mas sei que vou aprender de novo, e eu prometo, como das outras milhões de vezes que fui embora e acabei voltando.
Embora todo mundo cobre o tempo inteiro respostas perfeitas da minha boca, vai uma dica que eu espero que não esqueçam: eu não tenho a menor idéia do que fazer! Mesmo que às vezes eu pareça sensata demais, coerente demais, racional demais, concreta demais. Eu sou apaixonada demais, inconseqüente demais, frustrada demais e bem menos esperta do que pareço.
Por isso que às vezes me assusto e vou embora dos lugares. Eu fujo dos amigos, dos amores, dos livros e dos meus textos. Porque ficar me cobra demais, me espero sempre mais, um pouco mais até me esticar tanto que quando os membros voltam pro lugar me arrebento. Já nem consigo lembrar de onde foi que parti.
Então eu vou embora, como se fosse pra sempre. Vou embora em silêncio e sem a menor vontade de ser seguida. Não levo chinelos, não levo recordações. Vou como se não me preocupasse com os serviços ‘pela metade’ que deixei pra trás. Parto como se não me importasse. Parto como se nem tivesse existido.
E é de longe que eu começo a brotar outra vez. É no vazio e na falta de palavras que me dou conselhos, que consigo ser coerente pela primeira vez em ter uma gota de paciência nesta minha mania de atropelar pessoas, coisas, paixões, amizades e transformar qualquer festa em um conflito terrível dentro da minha cabeça máquina-de-lavar.
Depois de preencher os vazios que eu mesma criei, volto devagar, com medo, volto assustada até que a vida me devolva por completo. Volto como agora, com os olhos implorando pra ninguém me exigir nada, porque eu estou chegando ao mundo agora e eu não sei me doar ainda, mas sei que vou aprender de novo, e eu prometo, como das outras milhões de vezes que fui embora e acabei voltando.
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